segunda-feira, 15 de julho de 2013

MATÉRIA DA TRIBUNA DE SANTOS: TERMINA SEQUESTRO EM CUBATÃO

Segunda-feira, 15 de julho de 2013 - 12h36
Nove presos
Quadrilha suspeita de sequestrar filhas de vereador de Cubatão é presa
De A Tribuna On-line

Uma ação envolvendo o Grupo de Operações Especiais, (GOE), Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (DISE), Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) prendeu nesta manhã parte dos envolvidos no sequestro das filhas do presidente da Câmara e ex-secretário de Obras de Cubatão, Wagner Moura (PT). Elas ficaram em poder dos bandidos por 38 dias.

Os policiais agiram ao mesmo tempo em 10 lugares. Ao todo, quatorze pessoas estão envolvias, mas só nove foram presas. O líder da quadrilha mora em São Vicente, no Bairro Jóquei Clube. Ao ser apreendido, ele levou os policiais até um dos cativeiros que fica na área continental de São Vicente em um lugar chamado Rio Negro. O suspeito disse que também existiu um outro cativeiro em Cubatão.

Há pelo menos 10 dias, a polícia tem todas as informações sobre a quadrilha. Uma entrevista coletiva está marcada para o final da tarde desta segunda-feira com o delegado geral da Polícia Civil.

O sequestro

Após 38 dias, terminou a angústia da família do presidente da Câmara. Duas filhas do político, de 21 e 16 anos, que haviam sido sequestradas na residência da família e permaneciam mantidas em cativeiro, foram libertadas na manhã deste domingo às margens da Via Anchieta, no trecho de Serra. Houve pagamento de resgate e ninguém foi preso.

O sequestro teve início por volta do meio-dia de 6 de junho. Logo após as garotas entrarem na casa da família, na Vila Nova, elas foram dominadas por três marginais, que invadiram o local. Inicialmente, imaginava-se que seria apenas um roubo a residência. Porém, na fuga, além de bens do imóvel, o trio levou as jovens. O provável veículo utilizado pelos criminosos não foi visto.

A Tribuna soube do sequestro na mesma data, mas nada noticiou por uma questão editorial. Pior do que frustrar o sucesso das negociações entre os sequestradores e a família das vítimas, a divulgação inoportuna dos fatos poderia pôr em risco a integridade física e a vida das jovens. Uma delas é quintanista de Direito. A outra cursa Ciências da Computação, no Ensino Médio.

Momentos finais

Irmão de Wagner e tio das vítimas, o vereador cubatense Fábio Moura (PSDB) detalhou o desfecho do sequestro. “A libertação ocorreu por volta das 11 horas de domingo, no Km 49 da pista de subida da Anchieta, perto da Cota 200. Já estava com meu carro a caminho desse local para buscá-las, mas, quando já estava bem próximo, fui informado de que policiais rodoviários as pegaram na rodovia e as levavam para a delegacia”.

Pouco tempo após chegarem à Delegacia de Cubatão, as jovens foram encaminhadas pelo pai a uma unidade de saúde, em Santos, para check-up. “Elas não sofreram lesões e estão bem lúcidas, mas bastante debilitadas e com o estado emocional alterado devido ao trauma de ficar todo esse tempo fora de casa. A mais nova ainda apresenta uma forte gripe”, conta o tio Fábio Moura.

A Tribuna apurou que as garotas não foram levadas, pelo menos nos próximos dias, para casa como forma de preservar toda a família. Segundo o tio, elas permaneceram juntas durante os 38 dias de sequestro, mas foram trocadas de cativeiro de duas a três vezes. O primeiro local onde elas ficaram em cárcere privado era uma espécie de tenda, no meio da mata. Depois, foram transferidas para imóveis de alvenaria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário