domingo, 23 de junho de 2013

UMA LIÇÃO DE DEMOCRACIA OU UM AVISO? DEPENDE DE QUEM LÊ!!!!


Sabe, a vida  acaba  ensinando muito a quem  nasce no pé da serra, e  sobrevive, vendo o nascer de uma sociedade. Nasci, logo depois da emancipação do município, e vivi meus  primeiros dias, no pé da serra, com Democracia, sendo defendida em uma câmara municipal, que preservava valores, não  fazia  fortuna de seus membros. Conheci homens públicos desta terra, que  permaneceram íntegros, mesmo sendo  poderosos políticos, de nossa região. Vivi o tempo de Armando Cunha, Gigino  Aldo Trumbino, Joseé Jaime Ruivo e outros senhores de dignidade e honram, que formaram o que hoje chamamos de  cidade. Vivi o tempo de Abel Tenório, homem forte, poderoso e justo dentro de seus  princípios, e nunca vi  nenhum deles, desafiar a integridade de ninguém, por seu pensar. Nunca vi  ou escutei falar que um destes homens, que  montaram nossa Cubatão, como hoje conhecemos, fazer  ameaça a alguém, por suas  colocações políticas, ou por  terem opiniões contrarias as que defendiam em plenário. Vivo os momentos de Ditadura,  vendo minha terra, com intervenção federal,  com  prefeito nomeado, e nunca  escutei falar, ou tive noticia que nenhum destes senhores, fizesse ameaças a integridade de ninguém, por suas posições contrarias aos regime, que eles defendiam. Hoje, após anos de luta,  temos  democracia. Escolhemos o prefeito, e nossa câmara de vereadores, com a liberdade  que a democracia nos deu, mesmo custando a vida de outros, para a obter. Fico aqui pensando o porque um vereador,  eleito pelo povo, mandatário de um cargo popular, obtido em urna, pelo voto democrático,  se rebaixa ao ponto, de usar sua força política, para ameaçar quem pensa diferente do que ele defende. Como pode, um  político de minha terra, descer a tal ponto, no conceito da honra , a se colocar neste patamar. Quando vemos políticos, se posicionar contra o povo,  natural é que o povo, a isso se revolte. Já houve revoltas populares sobre posições tomadas em nossa câmara, a tempos atrás, mas nenhum homem público, ameaçou ninguém, como  o que estamos observando ser feito, nesta legislatura. Não entendo o descer tão baixo, de um homem publico. Não entendo como pode um  vereador, com mandato popular, se opor a  represaria  de quem  o colocou no poder. Seu mandato pertence ao povo, e o povo,  tem o direito, dentro da  democracia em que vivemos, de expressar a sua opinião livremente. Claro que há limite, mas  onde começa o direito da ameaça, e termina o direito da livre  manifestação do povo? Quem determina este limite, a não ser a democracia? Num regime democrático, a opinião, tem o valor da censura  ou da revolta. São direitos inerentes ao  povo,  e se deve, em democracia, permitir o exercer deles, com a liberdade da democracia, ou não a merecemos. Talvez esteja na hora deste homem publico,  com mandato popular em seus ombros, parar para pensar no que anda a fazer, com o voto lhe dado, pois  o voto  não o transforma em senhor feudal, apenas lhe da o direito de representar o povo, não o  ameaçar. Como cada vereador, no exercício de seu mandato, tem o direito da livre expressão, ao povo, ao munícipe  é  também  reservado o mesmo direito, em democracia: o direito da opinião. Talvez esteja na hora de mudar as regras deste jogo,  que a câmara municipal resolveu jogar. Talvez alguém tenha que  chamar as falas, estes senhores com canudo eleitoral debaixo do sovaco, e falar abertamente a eles, que  são servidores públicos, como eu já fui, e seu dever é defender a municipalidade, não ameaçar  quem pensa diferente deles. Talvez, e só talvez, esteja na hora deste vereador,  tomar  atento ao que anda fazendo, com o cargo, que o povo lhe deu, pois como todo homem publico, tem ele  telhado de vidro, e não é   de bom tom, desafiar o povo, que pode jogar pedras, e pesadas, no telhado de porcelana, que ele cuida a tempos, de manter  sem pedradas... Talvez e só talvez, hora seja de  se  começar a respeitar a opinião de todos, e  se  construir, na realidade, sem  contra mãos  de historia, sem pesos e sem medidas alem daquelas que o mandato lhe da, a verdadeira democracia em terras que Afonso Schmidt  se criou e se  tornou maior que o  seu  espaço. Não  quero ensinar nada a ninguém, pois não sou professor de coisa alguma, não sou bacharel  de nada nesta vida, sou apenas um escriba, um cubatense, que nos últimos anos, apreendeu a conviver com o certo e o errado, nesta cidade, e  ponderar  com a justiça,  com a ordem, para por  em letras de forma a verdade de  nossa terra, e ela me diz, a tal verdade, que há excesso. E se  este excesso, e sim daqueles eleitos, para defender este tal povo, que agora se sente ameaçado, sem defesa,  coagido por um poder, que  do povo emana, mas esta sendo usado contra ele, por  quem eleito foi para defender a democracia, não a usar como defesa de seus atos pouco democráticos. Parece, e so parece por enquanto, que tem vereadores, que se julgam acima do  direito, a cima da justiça, alem de seus  deveres, e isso, em democracia tem nome:  impunidade. Pensam estes senhores,  que a impunidade pode protegê-los para o sempre, e não é bem assim, que o andou anda. Não é bem assim, que a cidade reage. Não é bem assim, que a urna fala, de quatro em quatro anos. Por mais poder, que um homem tenha , deve ter ele  o senso de usar seu poder, com medida, com  justiça, do contrario, seu poder  lhe é tirado, por um poder maior: o poder do povo, da revolta popular, da reconquista  do que lhe foi emprestado por uns tempos:  seu mandato. Se uma coisa se apreende,  falando de política nesta cidade, é a dose de verdade, que se tem  que colocar nas palavras, e eu as coloco com dosagem certa, do contrario, não  estaria aqui,  colocando para  quem  me ler que =há excessos sendo  cometidos, por homens públicos, nesta cidade, e  eles estão passando dos limites, que a honra dita, que a justiça espera, e que o bom senso, manda conter. Cada um caminha pelo espaço que quer, e aquenta o repuxo que  provoca, com seus passos dados na direção que  se propõe andar.... Que cada um lembre  disto, e análise isso, com a frieza de quem  tem mais a perder, do  que a ganhar, com a rudeza de suas colocações, e com as ameaças que faz a terceiros. Não pense que o ameaçado, não tem  defesa, pois não sabe  quem a pode defender e como. Talvez, nem tenha  idéia de quem  ofende ou ameace. Cuidado, com o coice do burro, pois ele pode vir  muito mais forte, do que pensa!!!!

Carlos Alberto Lopes

Editor de O Anacoluto Cubatão

 

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